Música e cérebro: a importância da musicoterapia

Ela pode fazer as pessoas ficarem violentas, podem provocar uma onda de choro e desespero, e podem fazer com que os mais sensíveis sintam tanto a melodia que queiram subir ao palco e pegar um pedaço do cantor. Você conscientemente sabe que está ouvindo uma guitarra chorar no palco, mas uma parte primordial do seu cérebro está pensando que um animal está morrendo ali. Elas ficam se batendo, surfam na multidão, mostram os peitos para a geral sem o menor pudor e fazem outras coisas que nenhuma pessoa em sã consciência faria sem a influência da música. E você provavelmente deve achar que isso acontece quando ouvimos uma música o tempo todo. Mas o temível efeito-chiclete também acontece quando você está cansado, estressado, ou ocioso que é, naturalmente, o momento ideal para segurar o tchan e iniciar uma playlist infinita de uma música em sua cabeça. Enquanto As quatro estações, de Vivaldi, faz as pessoas se sentirem energizadas, Let 's Stay Together, de Al Green, evoca sensualidade, e Somewhere over the Rainbow, de Israel (Iz) Kamakawiwoʻole, provoca alegria.

E não é somente na infância que a música e seu aprendizado têm efeitos significativos. Um estudo da Universidade de Helsinque, na Finlândia, apontou que o hábito de ouvir música clássica protege o cérebro de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Diversas áreas do cérebro são ativadas, e hormônios como a dopamina – conhecida como hormônio do prazer – são liberados. Essa descoberta foi matéria de diversos jornais como o G1 e a revista Exame.

A música clássica, por exemplo, tem efeitos relaxantes e positivos sobre o humor, propiciando até mesmo uma significativa redução nos níveis de estresse após quatro meses de sessões semanais. Fazer algo relacionado à linguagem, como falar com alguém ou tentar um jogo de palavras cruzadas, pode renovar seus pensamentos e mandar a melodia grudenta para bem longe. Alternativamente, você também pode mergulhar e ouvir a música inteira algumas vezes. Por isso é recomendável procurar música que relaxe e estimule, que possa ser associada ao local de trabalho e que o dissocie de estresse.

Veja como a música tem poder sensorial e curador

Enquanto as luzes brilham e os corações se enchem de alegria durante as festas de fim de ano, para muitos de nós, uma temporada festiva pode trazer um toque de melancolia. Perder alguém querido torna as celebrações mais desafiadoras, mas também nos ensina a valorizar o que realmente importa. Por fim, escutamos música simplesmente porque sentimos prazer, porque nos faz bem, nos faz sorrir, faz lembrar de um lugar, de algo, ou de uma pessoa amada, ou ainda simplesmente faz fundo para nossa rotina.

O que a música traz para o ser humano?

Música pode estimular do desenvolvimento do cérebro à saúde emocional

Em estudos recentes, as pessoas ficaram mais motivadas para aprender quando esperavam ouvir uma música como recompensa. "Além de proporcionar diversão e prazer, a música tem a vantagem de melhorar a saúde de uma forma segura e econômica", argumenta o documento do conselho global. O que acontece, nesses casos, é que a música serve para desviar a sua atenção. Como o cérebro humano possui uma capacidade limitada de recebimento ouvir músicas internacionais de informações, é provável que acabemos por prestar mais atenção à música do que ao movimento dos ponteiros do relógio. Porém, o que talvez você não saiba é que a música causa efeitos muito curiosos em nossos cérebros, chegando a influenciar, inclusive, hábitos de consumo e a forma como percebemos o passar do tempo. Confira, a seguir, uma lista de sensações e benefícios que aquele seu disco  favorito pode proporcionar.

O estudo também corroborou para o incentivo ao hábito de escutar música erudita durante os estudos. Sites para concurseiros apostam na técnica para aumentar o nível de concentração. Aulas de musicalização infantil auxiliam em muitos dos aspectos cotidianos das crianças.

Se a música causar estresse, definitivamente o indivíduo está trabalhando sob pressão sem perceber. Diferentes plataformas musicais podem oferecer listas de reprodução para estimular a mente de forma muito gratificante. Está cada vez mais estabelecido que a música influencia o humor e a saúde das pessoas. Devido à estreita conexão entre música e emoções, pode-se considerar que, utilizando esse recurso adequadamente, é possível contribuir para a criação de um ambiente emocional positivo também na sala de aula, o que é ideal para o aprendizado. A música é formada por melodia, ritmo e harmonia e pode ser definida como “a arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e proporção dentro do tempo”.

O conselho adverte, porém, que embora a música traga benefícios para a saúde mental e o bem-estar, mais pesquisas são necessárias para entender melhor como o cérebro ouve e percebe a música. Uma das linhas de pesquisa tenta compreender, por exemplo, qual é o papel da música na promoção da memória e capacidade de raciocínio em adultos à medida que envelhecem. Tocar música, cantar ou dançar em grupo é uma boa maneira de fortalecer as relações sociais com os outros e reduzir a solidão, o que é bom para a saúde do cérebro. Além disso, "aprender a cantar uma nova canção, tocar um instrumento ou dançar estimula a capacidade de raciocínio das pessoas". No campo da memória, por sua vez, o documento diz que a música pode ajudar as pessoas a evocar lembranças e emoções significativas. Ouvir uma melodia também ajuda na gestão do estresse e promove o bem-estar mental, diz o GCBH.

A música e os seus benefícios para a mente

Todos esses benefícios da música são explicados pelo fato de, quando cantamos ou ouvimos melodias, o cérebro liberar justamente os neurotransmissores ligados ao prazer, de modo a aliviar dores e proporcionar sensação de bem-estar. Foi comprovado cientificamente que a música traz inúmeros benefícios para a mente e para o corpo. É um elemento fundamental para o desenvolvimento de saúde e de bem-estar humano, com efeitos químicos no cérebro que ativam a memória e os sentimentos.