Recursos usados nas histórias em quadrinhos

Em 1930, as tirinhas passaram a compor a revista, com personagens famosos do exterior, como o camundongo Mickey Mouse e O Gato Félix, que passam a ser publicados no Brasil. O gênero ficou muito conhecido nos Estados Unidos, no século XX, por ter sido uma das formas que o país usou para lidar com a Grande Depressão de 1929, com a queda da bolsa da valores. Nessa época, os quadrinhos eram uma forma de entretenimento mais acessível e criava um clima otimista.

Qual a origem da história em quadrinhos?

Na Argentina, há a famosa Mafalda, entre os quadrinhos franco-belgas se destacam As aventuras de Tintim e Asterix e no Japão são populares os mangás Dragon Ball e o recente Jujutsu Kaisen. Há pouco tempo, o webtoon Tower of God ganhou destaque internacional, e foi feita sua adaptação em anime para serviços de streaming. Os quadrinhos podem ter variações de estilo e de estrutura, apresentando subgêneros. Os quadrinhos são legitimados hoje como arte, sendo atribuído a eles o título de nona arte ou arte sequencial.

Histórias em quadrinhos na escola: uma experiência metodológica de ensino

As histórias em quadrinhos têm o objetivo de contar uma história, ficcional ou não, que representa feitos da humanidade em sua época. Muito apreciadas pelo público jovem, são uma maneira despojada e divertida de contar histórias. Os quadrinhos podem ser usados no intuito de atender diferentes propostas e contribuem para a formação de valores e para o exercício da cidadania. Fazer releitura de cenas do cotidiano, transformar textos narrativos em quadrinhos, construir histórias e propostas de abordagem de temas são algumas das alternativas no uso das HQ, em contexto escolar. Os quadrinhos de super-heróis são um dos gêneros mais populares e reconhecíveis das histórias em quadrinhos.

História em Quadrinhos

Dentre os nomes que vêm se destacando nessa nova era, há os quadrinistas Will Leite, com publicações de tiras de humor, Rafael Grampá e os gêmeos desenhistas Fábio Moon e Gabriel Bá. No início no século XX, Renato de Castro começou a desenhar personagens famosas no exterior, como Mickey Mouse e o Gato Félix, que passaram a ser publicados no Brasil. Já em 1960, Ziraldo, famoso cartunista brasileiro, criou a personagem Menino Maluquinho. Ainda no mesmo ano, Mauricio de Sousa, um dos grandes cartunistas do nosso país, criou as personagens que compõem a Turma da Mônica. Mas foi apenas em 1960 que o público brasileiro teve um gibi inteiramente colorido, com a publicação de A Turma do Pererê, do cartunista Ziraldo.

Nas últimas décadas, os quadrinhos passaram a ser vistos sob um outro ângulo, o ângulo educacional, sendo implantados nos livros didáticos de várias disciplinas, ainda que de forma lenta. Essa redescoberta da sua importância teve início na Europa e, depois, em outras partes do mundo. Aqui, em nossa estrutura educacional, as HQ são requeridas pela Lei de Diretrizes e Bases e os Parâmetros Curriculares Nacionais. Portanto, para além do entretenimento, atualmente têm se destacado no campo educacional, sobretudo por seu papel imagético e lúdico, ajudando na percepção de ideias para melhorar a compreensão de mundo do indivíduo que faz uso habitual desse tipo de literatura.

Entretanto, existem diversos temas, estéticas, linguagens e universos trabalhados por histórias de quadrinhos e que nem sempre são reconhecidos, como as adaptações de textos literários, os quadrinhos de cunho mais filosófico etc. Quanto às características da língua falada, encontraram-se notórios exemplos de marcadores conversacionais, atividades de formulação, como a repetição, pares adjacentes do tipo pergunta-resposta, e estratégias de manutenção do tópico discursivo. É importante ainda ressaltar que, devido à grande variedade de elementos encontrados na história integral, não foi possível discorrer sobre cada um deles, com a mesma profundidade, deixando esse aprofundamento maior para um estudo posterior.

Quais são os principais elementos das histórias em quadrinhos?

Neste contexto, o deslocamento conceitual existiria como uma espécie de alegoria, através da qual determinado objeto retratado de forma distinta, mantendo, contudo, as possibilidades de reconhecimento (Santos Neto; Silva, 2013, p. 35). BalonamentoAtualmente, balões, falas e onomatopeias são criados digitalmente. Antes, o processo era manual e exigia uma letra legível para todos, inspirando fontes como a infame Comic Sans.

A escrita aparece nos chamados balões, responsáveis por marcar a fala das personagens ou desenvolver uma narrativa. Diante disso, os trabalhos com a leitura e a escrita tornam-se, cada vez mais, primordiais e a escola deve propiciar um ambiente que estimule a formação de leitores competentes. Entre tantos outros gêneros, as HQ estão entre os principais representantes da multimodalidade dentro do contexto escolar, contribuindo significativamente para o ensino da Língua Portuguesa, dentre outras disciplinas.

No entanto, a data geralmente aceita como o marco inicial das HQs modernas é 1895, com a publicação de "The Yellow Kid" ("O Garoto Amarelo") de Richard Outcault. Essa tira humorística inovadora utilizava balões de fala e cores vibrantes, capturando a atenção do público e influenciando artistas subsequentes. A parte do delineado e o formato dos balões possuem normas para representar a expressão desejada no momento da comunicação das personagens. Claro que, se o objetivo é uma qualidade profissional, você terá que treinar bastante, seja sozinho ou por meio de cursos específicos de quadrinhos. A existência do desenho/imagem é fundamental, mas a sua qualidade estética é discutível.

A charge surgiu no início do século XX, com o objetivo de formar oposição a governos e impérios. O sentido da palavra charge é “carga”, em francês, e ela é caracterizada pelo exagero, tendo como objetivo satirizar um acontecimento atual. Com objetivo político e social, a charge estimula uma visão crítica e bem-humorada a respeito de acontecimentos do cotidiano. Dessa forma, para interpretar-se bem uma charge, basta estar antenado aos acontecimentos presentes, pois ela sempre fará referência a temas atuais. Em 1905, foi lançada a revista Tico-Tico, considerada a primeira revista em quadrinhos do Brasil, desenhada por Renato de Castro.

As imagens também costumam vir separadas por margens, que explicitam a divisão dos quadrinhos, facilitando a identificação de cada cena. Por volta da década de 1930, as tirinhas já publicadas em jornais passaram a ser republicadas em revistas independentes. Como o jornal geralmente era descartado após a leitura, essas revistas cumpriam a função de manter as tirinhas à disposição do público. Os pesquisadores McCloud e Bibe-Luyten apontam uma série de manuscritos e imagens pré-históricas como os primórdios da narrativa em sequência. Garras de jaguatirica é um manuscrito em imagem pré-colombiano, desenvolvido em 1519, no qual são percebidas características que viriam a ser aproveitadas pelas HQs atualmente. Uma série de imagens justapostas deliberadamente é utilizada para contar os acontecimentos de uma guerra que marcou os povos pré-colombianos.

Elas são compostas por uma sequência de quadros, que podem variar em tamanho e disposição, e são organizados de forma a guiar o leitor através da história. Cada quadro representa um momento específico da narrativa e pode conter uma ou mais imagens, acompanhadas por texto descritivo, diálogos ou pensamentos dos personagens. Ah, não podemos esquecer que uma HQ também pode ser publicada em formatos diferentes da famosa revista em quadrinhos.

As graphic novels são obras de arte literárias que combinam narrativa visual e textual para contar histórias complexas e profundas. Essas obras abordam uma variedade de temas e gêneros, desde dramas emocionantes e romances tocantes até questões sociais e políticas. Alguns estudiosos atribuem o surgimento das histórias em AI Comic Factory quadrinhos às práticas de pinturas rupestres, nas quais o uso da imagem era primordial não só para representar pensamentos mas também para contar histórias. Entretanto, existem enormes diferenças entre as pinturas rupestres e as HQs, tanto em seu contexto cultural e material quanto na estrutura e organização da história.