“Faço parte de grupos na internet voltados à comunidade vegana e sigo vários blogueiros que ensinam diversas receitas que cabem em todo tipo de bolso. Além disso, já consigo achar restaurantes e delivery’s que oferecem essa comida. Vários produtos estão sendo lançados por pequenas marcas, mas também por grandes multinacionais. Queijos e iogurtes produzidos a partir de oleaginosas ou frutas também são cada vez mais procurados e usados como substitutos para laticínios, sendo os mais comuns feitos a partir de leites de amêndoas, castanhas, coco e soja.
“Existe um crescimento, sim, de pessoas que querem parar de comer carnes, e isso vem acontecendo pela maior conscientização das pessoas. Existe uma cadeia de degradação ambiental pouco falada, mas muito importante de se conhecer”. Além disso, segundo a nutricionista, já se sabe que uma alimentação sem carnes, bem planejada, pode contribuir na redução do risco de diversas doenças. Ela diz que, hoje, já é possível encontrar no litoral paulista delícias como pizzas, hambúrgueres e doces veganos feitos com ingredientes saudáveis e sem agressão ao meio ambiente. “Vejo, sim, um crescimento bem grande de estabelecimentos veganos ou com excelentes opções dentro do cardápio tradicional”, fala.
Sociedade Em Foco #104: Crescimento Do Pib Não Resulta, Necessariamente, Na Melhoria De Vida Da População
O veganismo e o vegetarianismo já possuem adeptos em diversos países, e isso potencializa nosso espaço comercial”, ressalta. Há pouco mais de dez anos, os produtos veganos simplesmente não existiam em grandes redes de supermercados. Em outras palavras, produtos à base de plantas vão além da carne, inclusive”disse Franz Carioba, sócio-diretor da Galunion. Nesse sentido, é essencial estudar as oportunidades deste mercado antes de começar um empreendimento.
Segundo o estudo da Mordor Intelligence, avaliou-se que 85% dos brasileiros possuem algum nível de intolerância à proteína do leite de origem animal. O vegetarianismo e o veganismo têm quebrado inúmeras barreiras nos últimos tempos. Prova disso é que o interesse da população por esses estilos de vida está crescendo.
A Relação Entre Influenciadores Veganos
Para acompanhar esse movimento, empresas mundo afora têm investido em produtos veganos e cruelty-free, isto é, que não são testados em animais. Até celebridades, como Lady Gaga, Rihanna e Hilari Duff, entraram nesse mercado e lançaram marcas de maquiagem engajadas na causa animal. De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Vegetariana Brasileira com empresários do setor alimentício, o mercado de produtos veganos no Brasil é o maior da América latina, com crescimento de 300% desde 2016. Logo, o grande aumento das pessoas que aderem a esse estilo de vida impacta diretamente o mercado, pois a demanda de produtos sem nenhum derivado animal também se eleva como uma consequência. No mundo, o mercado de alimentação vegana está avaliado em US$ 15 bilhões, e deve dobrar até 2026, segundo a Allied Market Research. O crescimento acelerado está muito associado às "carnes veganas", imitações de carne animal, mas de origem vegetal, que vêm sendo desenvolvidas por startups dentro e fora do Brasil.
Por exemplo, na Europa, 14% de todos os novos produtos lançados em 2015 são vegetarianos ou veganos. De 2013 a 2015, o lançamento de novos produtos veganos cresceu 150% no continente. 90% dos brasileiros buscam uma alimentação mais saudável e nutritiva nos produtos vegetais. Algumas preocupações emergentes incluem questões éticas como bem-estar animal (se um produto tem ingrediente de origem animal ou é testado ou não em animais), impacto ambiental, procedência dos ingredientes e reais benefícios à saúde. Além dos veganos, pessoas com doenças restritivas também ajudam no crescimento desses produtos no mercado. “Nunca houve tantos problemas com alergias e doenças relacionadas à alimentação.
Empresas & Negócios
O resultado indica um crescimento de 75% em relação a 2012, quando cerca de 8% da população se declarou adepta do vegetarianismo. A nutricionista Karina Simas também parou de comer carnes há nove anos. “Hoje, atendo em torno de 70% a 80% escova de bambu de vegetarianos ou veganos, e fico muito feliz por enxergar uma crescente busca por esse padrão alimentar”. Há bem pouco tempo, falar de veganismo significava se deparar com o desconhecimento da população em geral sobre o assunto.
Além disso, o mercado das chamadas “carnes vegetais”, por exemplo, teve grande destaque no Brasil em 2019 por meio do lançamento de diversos produtos que oferecem textura, sabor e cheiro de carne de origem animal. A elevação das doenças alérgicas e de intolerância à proteína dos leites de origem animal deve impulsionar em mais de 5% a demanda no mercado sul-americano dos leites e derivados vegetais, nos próximos cinco anos. O movimento também é favorecido pelo aumento na popularidade das dietas veganas, que são consideradas mais benéficas para o organismo.
Nos últimos anos, as opções de leite não laticínio cresceram a partir do leite de soja padrão e leite de amêndoa para incluir coco, cânhamo, arroz, aveia, ervilha, caju e muito mais. Contudo, alguns produtos ainda chegam na prateleira com um valor mais alto. Vários itens já estão chegando em uma escala que permite com que o preço seja competitivo com o restante do mercado”. Quanto ao veganismo, a organização estima que existam cerca de cinco milhões de veganos em todo o país. O crescimento do veganismo está em ascendência no mundo e estrelas internacionais como Brad Pitt e Paul McCartney, entre muitos outros, aderiram ao movimento.