O pé diabético é uma das complicações mais graves do diabetes, marcada por feridas de difícil cicatrização que podem evoluir rapidamente se não houver tratamento adequado. A combinação de neuropatia periférica (perda de sensibilidade) e má circulação sanguínea favorece o aparecimento dessas lesões, que exigem atenção constante.
Por que as feridas em pé diabético são tão perigosas?
A ausência de sensibilidade faz com que pequenas lesões passem despercebidas, permitindo que se agravem antes de serem tratadas. Além disso, o fluxo sanguíneo reduzido dificulta a chegada de nutrientes e oxigênio ao local, atrasando a cicatrização e aumentando o risco de infecção. Em casos avançados, essas infecções podem atingir ossos e tecidos profundos, levando até à necessidade de amputação.
Cuidados diários para prevenção
A prevenção é a melhor forma de evitar complicações. Algumas medidas fundamentais incluem:
- Inspeção diária dos pés para identificar cortes, bolhas ou alterações na pele.
- Higienização adequada, mantendo os pés sempre limpos e secos.
- Uso de calçados confortáveis e apropriados, que não causem atrito ou pressão excessiva.
- Hidratação da pele, evitando fissuras, mas sem aplicar creme entre os dedos.
- Corte correto das unhas, evitando cantos pontiagudos que possam ferir a pele.
Esses hábitos simples reduzem consideravelmente o risco de formação de feridas.
Tratamentos disponíveis
O tratamento das feridas no pé diabético depende da gravidade da lesão. Em casos mais leves, podem ser suficientes limpezas adequadas, uso de curativos especiais e antibióticos tópicos. Para situações mais graves, pode ser necessário o uso de antibióticos orais, internação hospitalar e até cirurgias corretivas.
Um dos procedimentos mais importantes é o desbridamento pé diabético, que consiste na remoção de tecidos mortos ou infeccionados para permitir que os tecidos saudáveis cicatrizem de forma mais eficiente. Esse processo reduz o risco de propagação de infecções e acelera a recuperação.
O papel do controle glicêmico
Controlar os níveis de glicose no sangue é essencial para evitar que as feridas piorem. A hiperglicemia compromete o sistema imunológico e dificulta a cicatrização. Por isso, acompanhamento médico regular e adesão ao tratamento para manter a glicemia estável são etapas indispensáveis no cuidado.
As feridas em pé diabético representam um risco sério para quem convive com diabetes, mas podem ser evitadas e tratadas de maneira eficaz quando diagnosticadas precocemente. A prevenção, o cuidado diário, a avaliação médica constante e procedimentos como o desbridamento são fundamentais para preservar a saúde dos pés e evitar complicações que impactam diretamente a qualidade de vida.
